quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As mães que amam, corrigem...

Quando nossos filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva as mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes “NÃO”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era mau, meus filhos vão dizer:
“Sim, nossa mãe era mau. Era a mais malvada do mundo”. As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carnes e legumes. Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia para que lhe disséssemos com quem iriamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossa bagunça, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que ela não dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para que sempre disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando ficamos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 10 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde. Aquela chata, levantava para saber se a festa foi boa, só para ver como estávamos ao voltar. Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.. Foi tudo por causa dela. Agora que já somos adultos, honestos e educados, vamos fazer o mesmo com nossos filhos ou futuros filhos, seremos ‘PAIS MAUS” como a nossa mãe foi.
“Instrui o menino no caminho que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6)
Texto original Pr. Marquinho / Informativo mensal da Igreja RIO DA VIDA.ano 1. Edição 1. agosto 2011
Livre adaptação: Jorginho Peralta – Filosofista de botequim – tCHurmadoperalta.blogspot.com