Noticiário do movimento apartidário em defesa da cidadania em Juiz de Fora, criado em 29 de março de 2005, registrado como
Organização Não Governamental sob o nº 5073, no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, livro A-7 , fls. 023/023A.
Nº de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica: 07.333.971/0001-00
Editor: Ivanir Yazbeck
CONCURSO DE ESTUPIDEZ SONORA
Carta publicada na Tribuna de Minas em 20/01/2011
Segurança Pública
Muito bom para Juiz de Fora ter mais segurança nos presídios da cidade. Mas e nas ruas, quando a cidade terá mais Guardas Municipais? Será falta de interesse da Prefeitura? Até quando a população vai pagar impostos sem ver resultados? O patrimônio público da cidade está à mercê de marginais. Queremos segurança!
Julia Melcar
Juiz de Fora/por e-mail
Parabéns, dona Júlia Melcar, pelo desabafo curto e grosso. Registre minha modesta solidariedade à sua denúncia em gênero, número e grau. Penso mesmo que 98% da população assinariam embaixo de seu justo clamor: “Queremos segurança!” Os 2% que se esquivariam do abaixo-assinado são os políticos e burocratas encastelados nos gabinetes do prefeito e nos órgãos que de alguma forma têm sua parcela de responsabilidade sobre a segurança e ordem pública na cidade, como as secretarias de Governo e de Atividades Urbanas. Mas eu avanço um pouco mais na sua crítica à insegurança pública, chamando ao palco a Polícia Militar, a quem cabe, antes da Guarda Municipal, zelar pelo sossego dos cidadãos. Tente, dona Júlia, acionar o 190 da PM, em horário noturno, para denunciar e pedir providências contra, por exemplo, ruídos acima dos limites suportáveis – aqueles sons azucrinantes, impróprios em vias públicas, emitidos por veículos conduzidos por débeis mentais, cujo péssimo gosto musical, eles fazem questão de reproduzir de modo a alcançar quarteirões, revelando o seu temperamento boçal, agressivo.
Se e quando for atendida, ouvirá as mais estapafúrdias desculpas para o não atendimento da solicitação - desde a falta de viaturas e dos aparelhos para medição da sonoridade, e até respostas tipo "isso é normal..."
Para se entender melhor esse quesito intimamente associado à violência urbana, sugiro que a senhora apareça noite dessas – de preferência às sextas-feiras e sábados –, no pedaço conhecido como Baixo Passos, onde se concentram os bares e restaurantes mais badalados da cidade. Lá estão a Churrasqueira, o Gramado Grill, a Mercearia, no quadrilátero formado pelas esquinas da rua Dom Viçoso com a Severiano Sarmento, e um pouco mais acima, com a Barão de Aquino, mais outros quatro estabelecimentos de beberagens noturnas, que juntas reúnem milhares de pessoas em seus interiores e nas calçadas, em frente aos bares.
Um pouco tempo lhe bastará, entre 20h e 22h, para ver o desfile de carros emitindo sons inacreditavelmente altos, um baticum de funks e raps, sem nada a impedir-lhes seguir em frente por outros paragens onde o movimento noturno dos bares já é o suficiente para que os moradores vizinhos sejam levados aos limites da exasperação. Some-se esses dois elementos e teremos várias áreas urbanas da cidade tornando-se inabitáveis pela omissão cúmplice das autoridades municipais e policiais encarregadas de deter essa escalada desumana de desrespeito ao próximo.
Diante desse panorama de terra-sem-lei, ocorreu-me o seguinte plano destinado a despertar (nos dois sentidos) as autoridades cegas e surdas para esses atentados ao sossego em vias públicas: promover um concurso para apontar o veículo que mais consegue amplificar os sons de seus aparelhos, em altura e clareza. Um decibelímetro – instrumento que aponta o nível dos ruídos –registrará o vencedor desse quesito; e os votos da assistência (haverá platéia para dar mais vibração ao espetáculo), elegerão o conjunto veículo/motorista mais atraente. A média das duas notas indicará o campeão, o segundo e o terceiro colocados, que receberão diplomas e prêmios em grana viva que a organização arrecadará entre as torcidas.
A previsão é que o número de inscritos ultrapasse os 20.
O concurso será em duas etapas, a partir das 22h, com término previsto para as duas da madrugada, em datas a serem estabelecidas, futuramente. A primeira será realizada nas proximidades da residência do prefeito Custódio Mattos e a segunda, uma semana depois, na Rua Tenente Luís Freitas, no bairro Santa Terezinha, onde se localiza o quartel da Polícia Militar.
É ou não é uma ideia supimpa?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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